O secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio, foi demitido nesta sexta-feira (6), depois de criticar a repercussão dada ao massacre de presos no Amazonas e em Roraima.
Ele disse que estava "havendo uma valorização muito grande da morte de
condenados, muito maior do que quando um bandido mata um pai de família
que está saindo ou voltando do trabalho".
O Palácio do Planalto
considerou "infeliz" a declaração do secretário. Segundo assessores do
Planalto, porém, o secretário pediu demissão e ela foi aceita pelo
presidente Michel Temer na noite desta sexta.
Horas antes, o
secretário havia dito que era "filho de policial" e entendia "o dilema
diário de todas as famílias". "Quando meu pai saía de casa, vivíamos a
incerteza de saber se ele iria voltar, em razão do crescimento da
violência", afirmou o secretário - seu pai, Cabo Júlio (PMDB),
atualmente é deputado estadual em Minas Gerais.
À coluna do
jornalista Ilimar Franco, publicada no site do jornal O Globo, Bruno
Júlio disse que "tinha era que matar mais" e "tinha de ter uma chacina
por semana". "Eu sou meio coxinha sobre isso. Sou filho de polícia, né?
Tinha era de matar mais. Tinha de fazer uma chacina por semana", afirmou
à coluna.
Após a repercussão da declaração, o secretário
divulgou nota sobre o assunto. "O que eu quis dizer era que, embora o
presidiário também merecesse respeito e consideração, eu entendo que
também temos de valorizar mais o combate à violência. Mecanismos que o
Estado não tem conseguido colocar à disposição da população plenamente",
afirmou.
Bruno Júlio foi nomeado por indicação da bancada
mineira do PMDB. Ele é presidente licenciado da Juventude Nacional do
partido. Para o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, é uma
"afronta" mantê-lo na secretaria após as declarações. Clique aqui e Continue lendo....
Créditos: UOL Noticias.
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